A polêmica da internação compulsória de usuários de crack – grupo: Denise e Tina

12 Jul

A polêmica da internação compulsória de usuários de crack

 

Atualmente estão previstos três tipos de internação: voluntária, involuntária e compulsória. A primeira pode ocorrer quando o tratamento intensivo é imprescindível e, nesse caso, a pessoa aceita ser conduzida ao hospital geral por um período de curta duração. A decisão é tomada de acordo com a vontade do paciente. No caso da involuntária, ela é mais frequente em caso de surto ou agressividade exagerada, quando o paciente precisa ser contido, às vezes até com camisa de força. Nas duas situações é obrigatório o laudo médico corroborando a solicitação, que pode ser feita pela família ou por uma instituição. Há ainda a internação compulsória, que tem como diferencial a avaliação de um juiz, usada nos casos em que a pessoa esteja correndo risco de morte devido ao uso de drogas ou de transtornos mentais. Essa ação, usada como último  recurso, ocorre mesmo contra a vontade do paciente.

Alguns apontam arbitrariedade nessa internação, outros mostram-se favoráveis. Qual a sua opinião? Você é contra ou a favor da internação compulsória de usuários de crack?

34 Responses to “A polêmica da internação compulsória de usuários de crack – grupo: Denise e Tina”

  1. N.Oliver July 12, 2013 at 8:49 pm #

    Sou favorável a internação compulsória, mesmo existindo a possibilidade dela antes do projeto de lei do Alckmin. Alguns indivíduos não têm o discernimento necessário para saber que realmente necessitam de ajuda. O fato para o qual o governo não pode tapar os olhos é que não temos infraestrutura para abrigar tantos usuários de drogas ou pessoas violentas, o que acontecerá na verdade é uma limpeza pseudo-étnica das pessoas que vivem na cracolândia por exemplo, e serão despejadas em unidades hospitalares sem receber qualquer tipo de tratamento.
    Ou até mesmo não terão vagas.
    A minha opinião é a seguinte. Sou favorável à internação, desde que haja o tratamento e local adequado para atender ao público que necessite de tal ação. O que atualmente, convenhamos, próximo a copa, é apenas uma medida de limpeza das belas ruas de nossa cidade…

  2. gerconcardoso July 12, 2013 at 8:01 pm #

    Concordo com maiadenise2013 pois quem está no vício do crak já não conseguem ter domínio de si, portanto alguém da família ou quem seja, de forma educada precisa tomar a frente e decidir por eles, se não como disse maiadenise2013. “Ou vamos continuar criando novas cracolândias”.

  3. maiadenise2013 July 12, 2013 at 7:39 pm #

    “Os defensores da internação compulsória afirmam que o consumo de drogas aumentou no país inteiro e são poucos os resultados das ações de prevenção ao uso. A proposta tem o apoio do ministro da Saúde Alexandre Padilha, que acredita que profissionais da saúde poderão avaliar adultos e crianças dependentes químicos para colocá-los em unidades adequadas de tratamento, mesmo contra a vontade dessas pessoas. O ministro acrescenta que a medida já é praticada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Conselho Federal de Medicina (CFM) também é a favor da medida. Durante a reunião de apresentação do relatório de políticas sociais para dependentes de drogas, o representante do CFM Emmanuel Fortes corroborou a proposta de internação compulsória nos casos em que há risco de morte, ressaltando que a medida já é praticada no país.”
    Vejam a internação ocorrerá em casos de riscos de morte

  4. maiadenise2013 July 12, 2013 at 7:35 pm #

    Vamos continuar criando novas Cracolâncias? Devemos aceitar que pessoas continuem aceitando a morte como única condição após viciar-se em drogas? O caso recente do cantor Charlie Brown Junior não seria algo a se pensar? Segundo o depoimento da esposa dele, ela era favorável à internação dele, diferentemente da escolha dele.

  5. maiadenise2013 July 12, 2013 at 6:55 pm #

    O usuário apenas será internado se houver um laudo médico. Ninguém passará por esse processo de maniera arbitrária.

    • Dienbinsken July 12, 2013 at 7:45 pm #

      Não é arbitrário legislar sobre a vida do outro, isso é saúde pública ou represália?

  6. maiadenise2013 July 12, 2013 at 6:48 pm #

    Quando um indivíduo está privado de suas faculdades mentais, devemos deixar que ele tenha essa liberdade de escolha, Dienbinsken?

    • Dienbinsken July 12, 2013 at 6:51 pm #

      Há evidência cabal que as faculdades mentais deles estejam privadas? dessa forma qualquer um déficit mental estaria internado?

      • maiadenise2013 July 12, 2013 at 6:59 pm #

        O projeto prevê a internação somente após a apresentação de um laudo médico.

  7. evelinecavalcante July 12, 2013 at 6:47 pm #

    A partir do momento que o sujeito não sabe nem quem ele/ela é, creio que medidas drásticas(?!) devem ser tomadas.

  8. lidianerosa2010 July 12, 2013 at 6:47 pm #

    Acredito que quem está na situação de completa dependência não tem o poder de discernir o que é melhor para si. Parte o coração vermos imagens de pessoas parecidas com zumbis, com seu trapinho de cobertor se arrastando pelas ruas, passando fome, frio….Se houver o mínimo de compaixão por parte dos “sãos” esse é um programa que vale a pena ser investido.

  9. deia143 July 12, 2013 at 6:46 pm #

    Cada caso é um caso… precisa ser analisado com muito cuidado…

    • cabralsolange July 12, 2013 at 6:50 pm #

      Segundo estatísticas o usuário de crack não tem discernimento da realidade então se nós que temos discernimento do certo e errado não tivermos atitude quem terá ??? Ou faremos internações compulsória ou o Brasil se tornará um The Walking Dead teremos um Brasil cheio de zumbis. Hello !!! acorda Brasil !!!

      • fernandesdayane July 12, 2013 at 7:45 pm #

        Uol… um pouco longe na ideia de que “nós, pessoas saudáveis e responsáveis, sempre super conscientes de nossas ações” temos cacife para decidir pelos “inválidos e desmiolados, pessoas sem discernimento da realidade”. São as pessoas “saudáveis”, não usuárias de crack, realmente aptas a decidir entre o bem e o mal? Entre a realidade e o que estaria fora dela? Entre o certo e o errado? Dividir situações tão complexas dessa maneira, baseada em visões maniqueístas (na qual você é centrada e consciente e decide pelo resto da sociedade que não se encaixa nos seus padrões de normalidade) é um tanto perigoso e simplista…

  10. Dienbinsken July 12, 2013 at 6:45 pm #

    As pessoas tendem a aceitar medidas restritivas de liberdade quando é em relação ao outro. Lutamos muito para construirmos uma sociedade na qual o Estado não interfira tão violentamente nos direitos subjetivos do indivíduo, mas permite-se que em certas situações isso seja flexibilizado, assim há de fato liberdade de escolha? É então positivo o fato de medidas restritivas conviverem com o que chamamos de democracia?

    • maiadenise2013 July 12, 2013 at 6:51 pm #

      Quando um indivíduo está privado de suas faculdades mentais, devemos deixar que ele tenha essa liberdade de escolha, Dienbinsken?

    • segio July 12, 2013 at 6:52 pm #

      parto do principio algo tem que ser feito para que todos encontre o melhor caminha para a cura, não adianta ficarmos apontando e falando e não ter um ideal positivo

      • olivertina July 12, 2013 at 6:55 pm #

        Sergio Qual seria o ideal positivo, em seu ponto de vista? Existe esperança no fim do túnel?

  11. maiadenise2013 July 12, 2013 at 6:32 pm #

    Pessoal, vejam o que pensa o Dr. Drauzio Varela sobre essa questão
    Sou a favor da internação compulsória dos usuários de crack, que perambulam pelas ruas feito zumbis. Por defender a adoção dessa medida extrema para casos graves já fui chamado de autoritário e fascista, mas não me importo.

    “A você, que considera essa solução higienista e antidemocrática, comparável à dos manicômios medievais, pergunto: se sua filha estivesse maltrapilha e sem banho numa sarjeta da cracolândia, você a deixaria lá em nome do respeito à cidadania, até que ela decidisse pedir ajuda? De minha parte, posso adiantar que fosse minha a filha, eu a retiraria dali nem que atada a uma camisa de força.

    Para lidar com dependentes de crack é preciso conhecer a natureza da enfermidade que os aflige. Crack é droga de uso compulsivo causadora de uma doença crônica caracterizada pelo risco de recaídas.”

    • jessicamposoliveira July 12, 2013 at 6:47 pm #

      Acredito que a questão que deve ser levantado é sobre a autoridade do Estado em fazer tão ação. A necessidade desses usuários vem de muito antes deste estágio extremo de “perambular por sarjetas”, cabe ao Estado fazer o seu papel desde o início, disponibilizando educação e informação. Que há a necessidade de fornecer tratamento a essas pessoas é algo inquestionável, o que não pode ser desconsiderado é o caminho anterior a esse momento, no qual o Estado muito pouco intervem.

      • olivertina July 12, 2013 at 6:52 pm #

        Você acha que o Estado deve ser sempre o responsável por todas as internações e resolver todos os casos?

  12. prodora July 12, 2013 at 6:31 pm #

    O indivíduo não responde por si, então ele precisa de um ” empurrãozinho “. Se essa for a saída ok!

    • olivertina July 12, 2013 at 6:48 pm #

      E se o indivíduo não quiser o empurrãozinho? Como poderia ser feita essa internação? Seria bom ser obrigatória, ?

  13. jessicamposoliveira July 12, 2013 at 6:29 pm #

    Acredito que todo tipo de medida compulsória – principalmente em caso de extrema complexidade como esse – pode gerar um agravamento da situação. O indivíduo – seja ela usuário de crack ou não – tem o direito ao seu livre-arbítrio e com isso, tem o direito de tomar as suas próprias decisões, como a de negar o tratamento caso ele queira.
    É evidente que em algumas situações o indivíduo não tem condições de praticar o seu direito de escolha, mas não acredito que ter o Estado tomando essas decisões seja a opção mais coerente.

  14. lucianabatista2 July 12, 2013 at 6:27 pm #

    Acredito que seja a melhor solução quando se trata de um paciente totalmente viciado e já nem sabe mais o que faz. Se é para salvar, então sou totalmente a favor.

    • olivertina July 12, 2013 at 6:53 pm #

      lucianabatista2 Você acha que o viciado pode voltar a ser responsável ?

  15. Dienbinsken July 12, 2013 at 6:25 pm #

    Sou contrário. Essas questões que envolvem ética e direitos individuais são, no Estado de São Paulo, resolvidas com prisões, mortes, e toda sorte de medidas que tenta “esconder” o problema. Não se quer debater e agir preventivamente, a preferência é por instaurar medidas paliativas que visam criação de serviços e equipamentos que justifiquem os gastos com tal malfadada política. A resolução do problema fica sempre em segundo plano.Assim dá para gastar mais e mais…

  16. julianazsm July 12, 2013 at 6:25 pm #

    Sou a favor de qualquer tipo de internação que seja necessária. Já vivenciei isso em pessoas próximas e sei o quanto é difícil decisões deste tipo. Mas se uma decisão não for tomada, quem poderá ajudar e ser ajudado?
    Transtornos mentais para mim não tem nada a ver com uso de drogas neste caso. Hoje em dia é fácil racionalizar um crime por exemplo alegando que o sujeito teve um surto psicótico, isso é um absurdo!

  17. diegoteodoro July 12, 2013 at 6:23 pm #

    Dependendo do caso, a internação compulsória é a unica alternativa para a pessoa conseguir se salvar.

    • fernandesdayane July 12, 2013 at 6:44 pm #

      Será realmente a única alternativa? Assim como para muitos, melhor também seria que o jovem infrator pudessse ser engaiolado em prisões: afastar o problema parece para muitos a única opção de salvar a pessoa dela mesma, quando ela já não pode responder por si mesma. Internações compulsórias para salvar o mundo então?

    • olivertina July 12, 2013 at 6:59 pm #

      diego, você acha que a internação compulsória, nos moldes do projeto que o Governador Alckimin criou, resolveria todos os casos?

  18. cidazevedo July 12, 2013 at 6:22 pm #

    Acho que a questão é: fuinciona? Penso que não. O dependente internado dessa forma pode ficar numa clínica por meses, e, quando sair de lá, retomar seu vício. Acho mais importante medidas de reinclusão de ex-dependentes, e acompanhamento permanente aos que tentam largar o vício.

    • olivertina July 12, 2013 at 6:28 pm #

      O projeto de internação compulsória foi criado, mas realmente, não previu todas as alternativas, por isso, não conseguiu resolver todos os problemas . Hoje, com os novos estudos, percebe-se que a solução seria manter o usuário em seu lar e levar até ele o tratamento como:acompanhamentos médicos e remédios. E até mesmo a família deveria ser tratada. O que vocês acham desse novo método?

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